2009-04-15

Panteões em Guerra

Pois bem
Segue mais uma historia maluca minha, desta vez uma introdução da idéia de uma reunião completamente insana,
Um bom tempo atrás conversando com o Emeagate tivemos um dialogo mais ou menos assim
- Porra e se rolasse uma reunião entre vários deuses? Odin, Zeus, Mitra, Seth, Crom, Tupã e a mais uma galera?
- Porra isso ia ser foda pra caralho!
Eis aqui o resultado desta maluquice, é só o inicio da história, mas quem sabe um dia eu não a termino.










Em meio a uma planície gélida com intermináveis dunas nevadas um raio dourado cruza os céus e desce estancando a alguns centímetros do solo, um sorriso zombeteiro na fronte da figura se mostra em contraste com a neve um garoto de cerca um metro e meio de altura, vestindo uma toga púrpura presa por um broche dourado com um raio em alto relevo que simbolizava seu mestre, cabelos encaracolados desorganizados e amassados por um diadema de bronze, girava displicentemente um báculo também de bronze adornado com asas assim como suas sandálias que apesar de ser de couro pareciam de puro ouro dado ao brilho dourado ao redor delas e de todo o corpo da figura, cerrando os olhos para o horizonte seu sorriso se transforma em uma risada enquanto ele pronuncia uma palavra.

- Bifrost

Inclinando o corpo pra frente ele alça um vôo reto deixando para trás um rastro dourado cortando os vales nevados aquele que carrega a incumbencia de mensageiros dos deuses se dirige em grande velocidade para a ponte arco-íris que liga Midgard ao palácio Valhala, o deus grego descreve curvas suntuosas se aproximando em crescente velocidade da ponte, seu sorriso se alarga ainda mais enquanto ele gira em seu eixo e vira uma cambalhota no ar e para no meio da ponte e brada com toda a força dos seus pulmões.

- Venho em nome do Senhor do Olimpo, Zeus Deus dentre os deuses trago mensagens em seu nome.

Durante algum tempo sua única resposta foi um silencio quebrado apenas pelos açoites do vento nórdico, quando os portões do gigante palácio de Odin se movem abrem o necessário , para que apenas um homem passe, que aparentava ter visto muitas dezenas de invernos antes que fosse recrutado pelas Valquírias, mas ainda assim extremamente forte e corpulento, carregava em sua mão direita uma lança de madeira com umas fitas verdes pendendo ao cabo, trajava uma armadura de couro batido com uma pele de cervo por cima e dois martelos de batalha pendendo um em cada lado do seu cinturão.


- Que és tu que ousa perturbar a morada de Odin senhor de Asghard.


- Sou um deus, sou tão divino quanto qualquer um de seus deuses...


-Não em Asghard - surge uma terceira voz saída de dentro do castelo e uma figura esguia e quase duas vezes mais alta que Hermes trajando uma roupa verde colante por baixo de um longo casaco acinzentado, algo que devia ser pele de lobo, um olhar tão vivo e zombeteiro quanto o de Hermes carregado com uma dose extra de malicia, longos cabelos loiros cobrindo os olhos e caindo por baixo de um capacete que ostentava chifres de quase 45 centímetros e um tênue brilho prateado em redor de todo o corpo- Mercúrio meu caro - o sorriso da figura gigantesca se alarga e enquanto ele abria os enormes braços – ambos somos idolatrados pelos ladrões, porém mentiras competem a mim.

- Loki sabes bem que sou tão divino quanto você, mas também não mente quando diz que sou menos divinal na morada de seu pai, quem diria que justo você não mentiria agora.

Loki repousando sua enorme mão nos ombros do guarda do portão o tira do caminho de Hermes.

- Deixe o entrar sim? Acompanhe-me Mercúrio.

O Deus Nórdico andava a passos largos e acelerados pelos salões e galerias de Valhala, Hermes ia voando e observando alguns salões abarrotados de Armas de todos os tipos, machados, espadas, lanças, escudos, manguais, maças e martelos e entre suas colunas de pedras dezenas de guerreiros dispostos alguns em duplas outros em formações de escudos frente a frente se digladiando, sangue jorrava e pessoas caiam, quando os vencedores ficavam evidentes estes se afastavam verificando as condições de suas armas , se necessitavam de troca e esperavam alguns minutos enquanto os vencidos se levantavam e os “mortos” voltavam a si com sede de sangue e querendo a forra por sua recente derrota. Hermes perdeu o foco assistindo a batalha em especial de um gigante que segurava em suas mãos um machado de folha dupla ele sozinho encarava dois lanceiros e um espadachim.
Os Lanceiros se espalhavam tentando flanquear o homem ele estava com um gibão de couro e por cima uma pele onde a cabeça do urso cobria os cabelos louros trançados e a barba também trançada e presa com anéis rústicos de metal, o primeiro lanceiro vinha lentamente arrastando os pés tentando buscar as costas e o segundo ia repetindo a mesma estratégia enquanto o espadachim, um jovem que segurava nervosamente a espada com as duas mãos em uma guarda baixa, se aproximava lentamente, sem perceber entrou no campo de ação e foi pego pelo gigante com pele de urso, seu erro obrigou uma ação dos lanceiros que saltaram abaixando as lanças, o homem ao mesmo tempo em que pisava na lança a sua esquerda arremessava o jovem espadachim no outro adversário, soltando a mão direita um movimento de pendulo decepa as mãos do lanceiro e continuando o movimento ele gira em seu eixo e rasga a barriga do jovem espadachim, quando a batalha se encaminhava para um contra um Loki se coloca ao lado de Hermes.- Mercúrio, vai se entreter com nossos Jarls lutando ou vai levar sua mensagem ao meu pai?- Loki de braços cruzados olhava sorridente enquanto o lanceiro chutava areia nos olhos do gigante e aproveitava o momento de vantagem para avanças sobre ele – Se quiser podemos nos sentar e eu te mostro como vossos soldados são fracos e incapazes acho que algumas de nossas fêmeas podem ser superiores a eles.

- Bom que tocou neste assunto, isto tem haver com a minha mensagem.
Uma sombra de espanto que é brevemente substituído por seu costumeiro ar zombeteiro.

-Vamos, agora eu quero ouvir sua mensagem.


Loki passou então a caminhar mais rápido deixando para trás o homem do machado com a barriga perfurada sangrando e sentado ao lado do corpo sem cabeça de seu adversário lanceiro.
Passaram em grande velocidade por corredores, armoriais e salões onde mais batalhas eram travadas até alcançarem um uma larga escadaria, revestida por um longo tapete azul e prateado, aos poucos Hermes começa a ver o topo de um trono ornamentado com prata e chifres de diversos animais além dos de dragões, unicórnios e minotauros.e sentado no trono um homem velho e encurvado apoiado em uma lança com cabo de madeira e com um corvo pousado em cada ombro.


- Meu senhor Odin, venho em nome do poderoso Zeus...

- O que Júpiter deseja de mim? Não quero voltas rapaz.

Nessa hora Odin se levanta e mostra-se diferente, alto austero e muito truculento, seu olho esquerdo de um azul acinzentado e seus cabelos brancos soltos e a longa barba branca enrolada com uma tira de couro e uma pele de urso branco cobrindo a armadura de combate completa. Hermes se sente acuado e impotente diante da grandiosidade do senhor de Asghard.


- Pai - intercepta Loki - pelo que eu posso deduzir , eles se preparam para uma batalha talvez algumas mulheres nossas sejam necessárias para engrossarem as fileiras gregas – O Deus da mentira se coloca sorrindo ao lado de Hermes.

A zombaria dera a Hermes nova coragem para transmitir o recado de seu senhor.

- Meu Senhor Zeus pede desculpas, sabemos que Asghard desejava sediar a próxima convenção dentre as divindades daqui a pouco mais de 500 anos mortais, mas solicita que repense e passe esta responsabilidade para o Olimpo, queremos esta Honra e a teremos mesmo que tenhamos de colocar nossos heróis contra os vossos.