2009-01-07

Merda Acontece, O Livro - PREFÁCIO

Pois bem


Meus caros nos tempos de colegial, minha vida começou realmente a se tornar uma fossa, não que não fosse boa, mas acontecia um amontoado de merdas conjuntas tantas que eu e o meu caro amigo Homer pensamos em escrever um livro que seria intitulado “Merda Acontece” e estamos retomando este projeto agora não digo que estas linhas seguintes e posts virão a se tornar um livro, mas alguns pontos de nossas vidas, serão retratados em alguns posts futuros, segue então o Prefácio segundo RicoCorreiaUp.

Prefácio

No longínquo ano de 2003 me reaproximei de um conhecido meu, que viria a se tornar um dos meus melhores amigos.
Quando eu galgava meus 12 anos ingressei em uma escolinha de basquete no SESI da Vila Leopoldina, havia um garoto da mesma idade facilmente reconhecível, pois não era tão alto, gordinho, estava sempre com alguma camiseta dos Ramones e com a pele tão branca que chegava a assumir tons de rosa principalmente em contraste com seu cabelo vermelho, o desgraçado era tão ruivo que em primeira mão acreditei que era gringo, ele atendia pelo nome de Pedro Henrique, e até então dado ao contraste branco e vermelho recebeu a alcunha de Pão com Molho( criança sabe ser cruel), não tínhamos muito contato nesta época , mas o grande Nimb* olhou pra nós dois e disse, “Isso tem potencial de dar merda, não pode acabar assim”.
Então anos mais tarde, depois de 8 anos estudando no SESI, estou trocando de escola, grande porcaria só na minha sala haviam pelo menos 12 pessoas que foram do SESI comigo para o Colégio Professor Antonio Alves Cruz, pra quem não conhece o Alves Club(não me culpem a escola tem esse apelido assim como o Ciridião que recebe a carinhosa alcunha de Prisidião devido aos seus muros de 5 metros de altura e o slogan “Ciridião, entra burro e sai ladrão” devido a pura sacanagem dos alunos) as Salas são todas disposta em um prédio muito original, o corredor fica do lado de fora do prédio como se fosse uma enorme varanda, onde as portas dos dois andares fica de frente para um pátio onde passei inúmeras manhãs jogando truco, vôlei e até taco (arrebentei algumas vassouras da caseira nessa, desculpa dona Terezinha) Estou sentado na parede oposta a porta na quarta carteira da fileira, e começa aquela maldita, cretina e vexatória rotina de “quebrar-o-gelo” na escola nova, a professora X( não lembro o nome dela, acho que a matéria era Física) lança as perguntas super originais:

- Quem são vocês? De onde vocês vêm? Conhecem alguém aqui ? – Sorriso amarelo dizendo sublinarmente “Sejam rápidos, esta pergunta apenas um smalltalk, é só protocolo!”

Levantou o primeiro cara, lembro dele como alguém que freqüentava menos as salas de aula do que eu, ou seja o clássico turista, faltava uma maquina fotográfica, uma camisa florida e o boné do Pateta.

-Meu nome é Willian, vim de “I don’t care”, e tenho um amigo no segundo ano.

Se levantou então uma menina, levemente simpática, mas nunca conversei muito com ela logo seu nome me escapa agora da mente:

- Meu nome é Y, vim de “whatever” e conheço ela – disse a menina que me lembrava não sei por que um gafanhoto, era bonitinha e ainda assim tinha cara de gafanhoto.

Logo em Seguida a amiga da segunda se levanta:

- Meu nome é Valéria vim de “whatever” também, conheço ela – apontando pra menina-gafanhoto – E tenho uma irmã gêmea em outra sala.

- Gêmea ? Que legal ! – Mais sorriso amarelo enquanto rola este smalltalk inútil, lógico que isso veio da professora.

E então vez de uma das figuras mais escrotas quiçá da cidade tomar a palavra, melhorei muito de La pra cá, mas de fato eu era uma lástima:

- Ola meu nome é Ricardo – podia ter sido sucinto e dizer que veio muita gente do SESI e eu era um deles, mas não como disse sinto a necessidade de ser escroto, preciso escrotizar quem me cerca – Vim do SESI da Vila Leopoldina e conheço – sim meu caro leitor fui apontando um por um e dizendo “ele” ou “ela” de acordo com o sexo, e todos meus amigos rindo enquanto eu já entrava na terceira fileira de alunos dizendo “ele” ou “ela”, estavam acabando os alunos do SESI e todo mundo já ria enquanto a professora com olhos arregalados qual uma coruja ensaiava soltar um “Nossa quanta gen...” eu a cortei apontei pra uma figura sentada no outro extremo da sala, gordo,mais alto obvio se passaram 4 anos, Branquelaço, usando uma camiseta preta com o simbolo dos Ramones no peito e uma boina preta virada pra trás – E Aquele ruivo ali no fundo.

Ele apontou pra ele mesmo e quando um amigo meu que tinha vindo do SESI comigo e também havia jogado basquete com agente disse em um tom de voz alto e nada discreto:

- É, é o Pão com Molho!

Criança é cruel por criar este tipo de apelido, adolescente é uma merda por trazer fantasmas do passado e quanto a mim? Porra, já disse eu era muito escroto.

Nessa época o Homer ainda era realmente um pouco tímido(ou vai ver que tava de saco cheio mesmo), na sua vez de se apresentar só disse:

- Meu nome é Pedro Henrique, conheço aqueles dois ali – “O escroto e o indiscreto” – E minha prima que ta no segundo ano – Patrícia, boa pessoa. Ocasionalmente ela deve entrar em algum relato de nossas cagadas como testemunha ou como vitima destes dois bodes expiatórios de Murphy.

Cortemos pro dia seguinte, de pé às 05h30min da manhã, beleza que eu não fazia merda nenhuma o resto do dia, mas ainda assim estava ali no ponto final do Cemitério Consolação 917-H que trazia na placa escrito Cem. Consolação, sempre dou risada desta placa, é um trocadilho imbecil, mas não consigo não fazê-lo, o fiscal me libera para entrar, entro e me sento, sei que esta merda de ônibus vai lotar mais pra frente então fico feliz de entrar e me sentar, é cerca de 1h até a escola então vai dar tempo de dormir até lá.

No Primeiro ponto adivinhem quem entra e se senta ao meu lado? A Vaca verde , senhoras e senhores neste momento esta consumado o Inicio oficial da amizade entre Homer Ramone e Rico Correia.
Desde então a avalanche de merda não parou mais, não que eu não fazia besteira sozinho ou que ele não fazia besteira antes disso, mas com estes dois pólos unidos, nos tornamos um Grande Imã que atrai merda, o que antes eram apenas duas pequenas nascentes se tornou um belo de um braço de Rio, fluindo seu espesso e caudaloso caldo amarronzado,.

Nimb*, rola seus dados enquanto sorri “Isto vai dar merda”.

* Nimb, deus do Caos, da sorte e do Azar.

6 comentários:

Unknown disse...

soh pra te flar q eu to lendo aki td dia viu??
hahahaha
saudade

bjuss da sua turtle preferida
GABI

Letícia Velasco disse...

adorei o fechamento do texto... dá até um ar de texto sério ¬¬'
bjo tio :D

Anônimo disse...

nossa!
q historia bonita!
hahaha!
q laços bonitos né... enfim! sorte no amor de vcs hahaha!
besos chico :*

Anônimo disse...

Ana, nosso caso é bem mais bonito né?!? =)

Céus, ainda bem que vc postou isso dps de ter saído com vcs dois no MESMO lugar.. caso contrário, isso nunca teria acotnecido!!

=)

um beijo

Anônimo disse...

o meu e da fê é o mais lindo... mais conturbado e complicado tb! mas a gnt pode, a gnt eh menina!
e a gnt se ama :D

Homer Ramone disse...

"Céus, ainda bem que vc postou isso dps de ter saído com vcs dois no MESMO lugar.. caso contrário, isso nunca teria acotnecido!!"

isso porque estamos no prefácio õÔ